31.1.10
fight club
de David Fincher. tenho falhas cinematográficas bastante graves, como por exemplo só ontem ter visto este filme :) no entanto não tenho nada a apontar, achei-o bastante próximo de perfeito: a fotografia, o argumento, os actores...e por aí fora. senti também que o filme me conseguia surpreender à medida que a história avançava, que quanto a mim ficava cada vez melhor. fiquei colada ao ecrã naquelas duas horas e qualquer coisa, mesmo muito bom! foi como entrar num universo paralelo e retirar de lá apenas o essencial.
30.1.10
29.1.10
lost highway
de David Lynch. agradou-me o facto de ser um filme de (mais ou menos) fácil de compreensão, já que na maior parte das vezes os filmes de Lynch me deixam completamente à nora, ainda que tenha as minhas teorias pessoais. gosto de obter alguma complexidade a partir dos filmes, mas a simplicidade fascina-me primordialmente. este filme, como todos (os que vi) dele fez-me sentir uma tensão genuína, daquela que por vezes chega a ser adrenalina; na minha opinião, não existem filmes com mais tensão que os dele: podem ser mais assustadores, mas a tensão criada entre tipo de planos/música é aqui incrível. ainda assim, não foi um filme que me chamasse particularmente a atenção. actores com interpretações interessantes.
28.1.10
Serralves
Já lá não ia há bastante tempo e confesso que as saudades eram já muitas. Soube bem apreciar as exposições sem pressas, bem como passear pelos jardins. Encontrei a tranquilidade que achei perdida nas últimas (infindáveis) semanas. Fiz a fotossíntese por entre árvores e patos, enchi-me de boas sensações.
27.1.10
aleatoriedades
gostei muito daquilo ontem. e agora começo a sentir falta. e o pior é que nada disto era suposto, é-me estranho. irrita-me a minha capacidade de me ligar a alguém, assim, tão simples. irrita-me do mesmo modo que me agrada. pensava eu que já não tinha medo, a verdade é que ainda tenho muito a aprender em relação a isso. vivo muito, mas ao mesmo tempo penso demasiado. é-me difícil não racionalizar todas as opções possíveis, ao mesmo tempo que penso nas boas (e novas) sensações que obtive. sinto-me numa caixa minúscula, à espera que alguém resolva abri-la, ou até transportá-la para um outro lugar. será a vida feita de caixinhas?
26.1.10
control
de Anton Corbijn. fiquei completamente rendida. apesar de me parecer uma versão romantizada do que se passou realmente, esse facto não me incomodou. temos um filme brilhante fotográficamente (não fosse o realizador um aclamado fotógrafo), além de um protagonista muito bom a encarnar aquela personagem. o filme prima pela sua beleza e é capaz de nos despertar todo o tipo de sentimentos. falo por mim, penso que já tenho mais um filme na minha lista de favoritos :)
25.1.10
requiem for a dream
de Darren Aronofsky. este é mais um daqueles filmes de que toda a gente me falava e que já estava há muito tempo para ver. gostei bastante, penso que passou a ser dos meus favoritos, na já longa lista. de salientar a fotografia e a história, mas principalmente as interpretações... estão todos fantásticos, mas a Ellen Burstyn... que senhora! admira-me não ter ganho o Óscar, está incrível! incrível é também a forma como o filme nos absorve em todos aqueles vícios e almas no limite. vi o filme há pouco e ainda o estou a digerir.
24 hour party people
de Michael Winterbottom. sinceramente, estava com a fasquia bastante alta para este filme (tenho que começar a não querer saber do que os outros acham sobre determinado filme :D)! a história é interessante, por ser uma tentativa de documentar factos, situações que realmente existiram e que foram revolucionárias na sua época, nomeadamente em Manchester. o humor de Tony Wilson é fantástico, mas na minha opinião falta ao filme uma dose de fúria/loucura, que seria a condizer com aqueles anos. mas parece-me ser um filme de culto.
19.1.10
ai mãezinha!
há muito a fazer; o que vale é que hoje até estou com vontade.
uma mistura de 24 faixas com a Bohemian Rhapsody dos Queen é cá um bico-de-obra!
+ trabalho de fotografia contemporânea
+ portfólio de design
+ relatórios de som
+ relatório multicâmaras
+ relatório da curta-metragem
+ teste de som e vídeo
esperam-me 3 dias dos diabos. olé!
[bico é a palavra-chave da semana ahahah]
uma mistura de 24 faixas com a Bohemian Rhapsody dos Queen é cá um bico-de-obra!
+ trabalho de fotografia contemporânea
+ portfólio de design
+ relatórios de som
+ relatório multicâmaras
+ relatório da curta-metragem
+ teste de som e vídeo
esperam-me 3 dias dos diabos. olé!
[bico é a palavra-chave da semana ahahah]
18.1.10
17.1.10
hoje é o dia
17 de Janeiro. faz hoje um ano do primeiro dia do resto da minha vida. soará a cliché, com toda a certeza. só eu sei o que senti naquela noite. noite em que o conheci, noite que nunca mais nos separou, a não ser quando ele quis o fim. noite que se traduziu em meses e agora, num ano. com, ou sem ele, tornei-me numa parte do que quero ser e perdoei-me pelo que sou. finalmente, sem medo.
agora falo na 3º pessoa, não na 2º..
quero que isto represente uma viragem.
agora falo na 3º pessoa, não na 2º..
quero que isto represente uma viragem.
el mariachi
de Robert Rodriguez. este é sem dúvida o filme antes de Desperado e Once Upon a Time In Mexico. é também o mais trash, menos trabalhado, o que dá azo a umas boas gargalhadas. gosto muito da ideia da guitarra cheia de armas e da banda sonora. não é só de filmes bons e galardoados que se faz o Cinema :)
15.1.10
cléo de 5 à 7
de Agnés Varda. que filme lindíssimo! de resto, Varda tem-me habituado a projectos interessantes e muito belos, mas dela não esperava uma ficção tão bem construída: estava mais mimada com as suas curtas-metragens documentais e poéticas. este filme foi uma surpresa. retrata duas horas na vida de Cléo, a personagem principal; gosto muito dos trabalhos de Agnés porque é sempre muito criativa, muitas vezes imprevisível até. o que me agradou também neste filme foi o facto de fazer várias referências à nouvelle vague e manter a poesia no ar. é incrível também a forma como a cineasta aborda o universo feminino, denota muita experiência de vida. uma bela banda sonora...e posto isto, acho que não há nada que não tenha gostado :)
les enfants du silence
de Michel Brault. uma curta-metragem documental sobre crianças com diversos graus de surdez. achei um filme belo demais e muito verdadeiro. mostra as crianças a irem às consultas e na escola, mas a grande lição é que os pais devem ter atenção aos seus filhos, para a surdez ser detectada e corrigida o mais rápido possível. tem lá uma miúda adorável, a Anouk, que apesar de ter surdez parcial, interage com as coisas de forma muito interessante. de resto, Michel Brault foi o pioneiro do cinema directo, pelo menos no Canadá.
(nem encontrei imagens do filme, achei incrível!)
(nem encontrei imagens do filme, achei incrível!)
ontem foi estranho. estava tranquilamente encostada na entrada, até que te vi lá ao fundo. olhei com atenção, as roupas eram as tuas; tinhas o cabelo mais curto, mas eras tu. andaste, andaste, cada vez mais perto e paraste para falar com alguém. quando sorriste, vi que não eras tu. não eras tu, mas congelei naqueles segundos. ainda me pergunto como te confundi com alguém, eu que te sei de cor. seria natural nos encontrarmos, não seria estranho nos olharmos nos olhos e manter uma conversa. mas a verdade é que fiquei mexida. acho que preciso de mais um confronto. nem que seja com a vida.
13.1.10
quero estar ocupada, muito ocupada. ocupada ao ponto de não pensar nisto, faz-me mal. às vezes acho que de tanto bater, um dia o meu coração pára. há aqui dentro alternâncias de desinteresse com demasiada reflexão que me fazem ficar verdadeiramente confusa, até paralisada. mas desistir não será a resposta. não agora, nem amanhã, porque agora.. agora sinto que faço uma ideia do que é viver.
Иди и смотри
[Idi i smotri], de Elem Klimov. este filme, sobre a invasão alemã na Bielorússia, mexeu mesmo comigo. a nível de fotografia não é incrível, acho que podia estar bem melhor, mas gostei da operação de câmara, na medida em que muitas, muitas vezes, assumia a própria perspectiva das personagens. todo o filme tem uma carga dramática incrível e senti que foi importante para mim ver e ouvir um filme não falado nas línguas a que estou habituada; isso reflecte-se também na forma como os actores se expressam e personifica, quanto a mim, o que realmente se passou naquela altura. o filme não é muito conhecido, talvez não lhe tenha sido dado o devido mérito. palmas para o jovem protagonista, saí da aula a digerir toda aquela tragédia.
Health: The Pleasure Principle
12.1.10
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
excerto de um poema de Álvaro de Campos. é incrível! com este heterónimo, Pessoa consegue sempre dizer o que eu não consigo expressar por palavras.
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
excerto de um poema de Álvaro de Campos. é incrível! com este heterónimo, Pessoa consegue sempre dizer o que eu não consigo expressar por palavras.
11.1.10
desperado
de Robert Rodriguez. lembro-me de o ter visto quase na altura em que saiu (ou seja, era mesmo miudinha), por isso vi-o ontem. não é um filme incrível, mas dá para dar umas boas gargalhadas...e o facto do Tarantino aparecer lá no meio a contar uma história bizarra é mesmo a cereja no topo do bolo. é essencialmente um filme de acção, mas gosto muito do lado mexicano da coisa :)
10.1.10
taxi driver
9.1.10
John Cassavetes
ontem em análise de filmes vimos um documentário sobre ele e confesso que me apaixonei. não é um cineasta formidável, mas é bem provável que tenha sido o maior director de actores da história do cinema. o seu método era diferente de todos os outros, porque o seu objectivo era não forçar nunca o actor, mas sim fazê-lo entranhar-se na personagem através do seu próprio eu; funcionavam também muito por improviso e planos de sequência, o que me interessou bastante. no documentário referiram vários dos seus filmes, mais uma vez aconselho todos as verem, com destaque para A Woman Under the Influence e Faces. senti este homem como um grande humanista e é incrível (e invejável) também a sua história de amor com Gena Rowlands.
6.1.10
5.1.10
beneath the valley of the ultra vixens
4.1.10
3.1.10
1.1.10
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