31.12.09
lolita (97')
de Adrian Levy. a história é interessante e (não sabia disto) baseada em factos verídicos. é bom observar atentamente a evolução da relação entre os dois, mas ao mesmo tempo fiquei irritada com a personagem Lolita, não consegui gostar dela. é sim incrível o afinco do Humbert (que depois se transforma em obsessão). a Dominique Swain está fantástica, na altura tinha 16/17 anos e não é fácil juntar imaturidade psicológica com tamanha maturidade sexual. o que não me agradou no filme foi as cenas em que pretendiam simbolizar a loucura dele: pareceu-me demasiado artificial. uma cena que achei estar muito bem filmada foi aquela em que ela corre do lado de fora da casa e sobe as escadas, para se lançar nos seus braços, dando-lhe o 1º beijo do casal: a câmara está muito instável e essa sensação passa para o espectador. agora falta-me ver a versão do Kubrick, estou mesmo curiosa :)
30.12.09
paris, texas
de Wim Wenders. já me tinham falado bastante do filme, mas confesso que foi uma surpresa. tem uma direcção de fotografia incrível e gosto imenso do facto de haver imensos planos fixos gerais ao longo do filme.. às vezes complica-se imenso com planos de pormenor/corte e zooms exagerados, quando a solução é bem mais fácil; ou pelo menos para mim, é uma referência. além de uma grande fotografia, o argumento parece-me belíssimo.. uma história comovente, mas não transcendental: todos nós nos identificamos, nem que seja um pouco, com as personagens; a mim pessoalmente, trouxe-me muitas recordações. o resultado foi vários nós na garganta, mas apaixonei-me pelo filme. é uma história de amor, mas ainda mais do que isso, uma história de escape. aconselho-vos mesmo a ver ;)
29.12.09
os 5 magníficos
28.12.09
27.12.09
26.12.09
25.12.09
coffee and cigarettes
de Jim Jarmusch. gostei do conceito, do facto de todas as curtas-metragens terem café e cigarros em comum.. e algumas conversas são mesmo random, mas não foi um filme que me entusiasmasse. a ideia funciona bem talvez pelos actores (profissionais ou não), que são na sua maioria conhecidos. achei incrível ver o Iggy Pop sem ser em tronco nu ahahah. é um filme leve, bom para se ver num dia tranquilo.
ainda que o meu coração esteja preenchido por muitas almas, foi em ti que pensei ontem.
na ceia de Natal e antes de adormecer; recebi um álbum para colocar fotografias e as tuas foram para lá (já há algum tempo que estavam espalhadas pela secretária). pode ser que agora, ali arrumadas, o meu coração se sinta mais tranquilo e deixe entrar mais alguém. é já demasiado tempo e parece-me que está a melhorar.. espero que tenhas tido uma noite bonita.
na ceia de Natal e antes de adormecer; recebi um álbum para colocar fotografias e as tuas foram para lá (já há algum tempo que estavam espalhadas pela secretária). pode ser que agora, ali arrumadas, o meu coração se sinta mais tranquilo e deixe entrar mais alguém. é já demasiado tempo e parece-me que está a melhorar.. espero que tenhas tido uma noite bonita.
24.12.09
feliz natal
23.12.09
pois é
não me cheira a Natal. é uma verdade que ao longo dos anos tenho perdido cada vez mais o interesse, mas agora cheguei à "fase terminal" de desinteresse, penso eu.
não queria mesmo receber presentes e não é por uma questão de ser "boa samaritana" solidária, cheia de boas intenções e com pena dos desfavorecidos. na realidade, a questão é que tenho tudo o que preciso para sobreviver. vou usar a palavra que tanto se usa: consumo. parece que custa a muita gente encarar esta situação, que se está a tornar um exagero desmedido.
dou por mim a recordar com carinho os Natais da minha infância, feliz e sem preocupações, ansiosa pela hora de abrir os presentes. hoje, estranhamente, penso nos filhos que eventualmente terei e no medo que eles sejam hi-tech. isto porque os miúdos de hoje parecem nascer com um computador no colo e um telemóvel 3G na mão. será egoísta da minha parte não querer que os meus filhos sejam assim? será egoísta privá-los desse caminho? talvez seja, talvez os esteja a criar à minha imagem; não será inevitável isso acontecer? imagino-me com eles a descobrir a Natureza e as pequenas (e portanto, mais importantes) coisas da vida. defendo que os miúdos de hoje estarão na sua maioria deturpados, muito pela culpa deste exagero tecnológico em tenra idade. poderei ser retrógrada, mas a verdade é que nenhum aparelho electrónico ensina a beleza da vida a ninguém.
sinto-me ligeiramente idiota por expor estas coisas aqui, mas dá-me gosto partilhar o que reflicto a caminho de casa.
não queria mesmo receber presentes e não é por uma questão de ser "boa samaritana" solidária, cheia de boas intenções e com pena dos desfavorecidos. na realidade, a questão é que tenho tudo o que preciso para sobreviver. vou usar a palavra que tanto se usa: consumo. parece que custa a muita gente encarar esta situação, que se está a tornar um exagero desmedido.
dou por mim a recordar com carinho os Natais da minha infância, feliz e sem preocupações, ansiosa pela hora de abrir os presentes. hoje, estranhamente, penso nos filhos que eventualmente terei e no medo que eles sejam hi-tech. isto porque os miúdos de hoje parecem nascer com um computador no colo e um telemóvel 3G na mão. será egoísta da minha parte não querer que os meus filhos sejam assim? será egoísta privá-los desse caminho? talvez seja, talvez os esteja a criar à minha imagem; não será inevitável isso acontecer? imagino-me com eles a descobrir a Natureza e as pequenas (e portanto, mais importantes) coisas da vida. defendo que os miúdos de hoje estarão na sua maioria deturpados, muito pela culpa deste exagero tecnológico em tenra idade. poderei ser retrógrada, mas a verdade é que nenhum aparelho electrónico ensina a beleza da vida a ninguém.
sinto-me ligeiramente idiota por expor estas coisas aqui, mas dá-me gosto partilhar o que reflicto a caminho de casa.
22.12.09
before sunrise
de Richard Linklater. que filme! ainda que a nível técnico não esteja nada de especial (pelo que li, é de baixo orçamento, o que à partida condiciona), a história é capaz de fazer sonhar bem alto; falo por mim, fiquei com vontade de viver uma experiência do género, viajar e deixar-me ir; ao contrário do que se possa pensar, este filme não é só para românticos.. o Ethan Hawke e a Julie Delpy dão muita vida às personagens, as suas conversas são tão espontâneas e genuínas...é incrível! agora tenho muita curiosidade de ver a sequela, Before Sunset.
21.12.09
20.12.09
le fabuleux destin d'amelie poulain
de Jean-Pierre Jeunet. finalmente vi-o. agora percebo porque é que tanta gente me falava do filme.. tem uma história incrível, cheia de conexões e simbologias; uma fotografia lindíssima e uns movimentos de câmara muito variados e interessantes. mas o mais engraçado é que me deixou aconchegada e verdadeiramente feliz, por perceber a diferença que uma só pessoa pode fazer na vida de tantas outras. a rever :)
18.12.09
17.12.09
15.12.09
a meio gás
estar cansado é mau...e bom. é mau porque causa desgaste físico e mental, nos retira rendimento, nos entristece, etc. mas é bom porque quando pouso a cabeça na almofada (se tiver tempo de dormir, bem visto), penso "hoje o dia valeu a pena" ou "as horas foram bem aproveitadas". ora lá está, um pequeno devaneio de uma gaja que está a meio de um trabalho e só tem vontade de aterrar, mas que por outro lado quer acabar isto hoje, quer ganhar ânimo, mas está mesmo a ver que só se deita lá para as 4h da matina ahah.
[está quase!!]
[está quase!!]
14.12.09
Dexter
ao fazer zapping pela televisão (que agora é cada vez mais raro), passei os olhos várias vezes por esta série, Dexter. mas na verdade, nunca me despertou particular interessante.. hoje, dois colegas meus que são fãs da série, mostraram-me este episódio e eu gostei muito do genérico: minimalista e tão bem filmado e conseguido! não sei se vou passar a seguir a série, mas a verdade é que me aguçou a curiosidade! aconselho-vos a darem uma olhadela ao clip ;)
Paulo Nozolino
foi-nos dada uma lista de fotógrafos, para que escolhessemos um e o integrassemos na leitura de A Câmara Clara de Roland Barthes.
assim, descobri Paulo Nozolino e fiquei completamente apaixonada pelos seus registos, bem como o método de trabalho e até mesmo o seu modo de vida. li posteriormente que é dos fotógrafos portugueses mais influentes e só tenho pena de não o ter explorado mais cedo. passou a ser uma referência, sem dúvida.
13.12.09
12.12.09
11.12.09
9.12.09
wild at heart
de David Lynch. ainda melhor do que eu estava à espera. o que por vezes não gosto em Lynch é o facto de não perceber certas mensagens e símbolos (que farão sentido na cabeça dele, mas na minha não) e este filme é bom porque vai directo ao assunto. é uma história de sexo, violência e loucura; lá para o meio ainda me entusiasmei com a banda sonora e tive vontade de o ver outra vez. agrada-me também a psicose (presente em todos os filmes dele) desta história, na medida em que é mais ou menos contida - sem exageros, mas está lá. aconselho-vos a verem! a Laura Dern está soberba :)
them crooked vultures
esperei ansiosamente pelo álbum e só hoje o consegui ouvir na íntegra. já há algum tempo que um projecto não me entusiasmava desta forma. está ali o toque Queens of the Stone Age (que era quase inevitável e eu não me importo mesmo nada), mas parece-me que conseguiram uma sonoridade diferente; algumas músicas parecem mesmo ter uma construção pouco linear, o que estranhei, mas a verdade é que estou rendida eheh. é um álbum que me move e me dá vontade de fazer loucuras, muahahah!
8.12.09
Quick Quick Slow
rumble fish
de Francis Ford Coppola. não tinha ouvido falar deste filme, por acaso alguém mo passou e fiquei agradavelmente surpreendida. às vezes sinto-me estranha a "criticar" certos filmes, principalmente porque algumas vezes não tenho nada de negativo a dizer.. e este é mais um caso. gostei imenso da história, do facto de ser filmado a preto e branco e da banda sonora (que ao início se estranha, mas que depois se entranha). fui surpreendida pelo elenco, que para mim era altamente improvável e é curioso meditar nos percursos distintos que muitos deles tomaram; enfim, fui consumida pelo filme, achei-o mesmo muito bom e muito bem filmado, com planos invulgares e cativantes. é um filme marginal, mas que ao mesmo tempo nos é familiar, de uma maneira ou outra.
7.12.09
[fénix]
6.12.09
“As Praias de Agnès” como melhor documentário
«“As praias de Agnès” que está disponível este Natal em DVD e foi um dos maiores sucessos deste verão. Esteve em exibição durante 18 semanas em Lisboa e está agora a ser candidato, com mais 15 filmes, para melhor documentário para o cobiçado Óscar da academia.
Um desenho de um auto-retrato e biografia de uma cineasta francesa nas praias de Agnès. Assim como fala do aparecimento de Nouvelle Vague em que esta foi uma das precursoras. Uma história de uma cineasta dos anos 50, que retrata uma parte da sua vida e a ligação à história do mundo.»
2 thumbs up para a querida Agnès :)
Um desenho de um auto-retrato e biografia de uma cineasta francesa nas praias de Agnès. Assim como fala do aparecimento de Nouvelle Vague em que esta foi uma das precursoras. Uma história de uma cineasta dos anos 50, que retrata uma parte da sua vida e a ligação à história do mundo.»
2 thumbs up para a querida Agnès :)
V for Vendetta
de James McTeigue. é curioso, tinha as expectativas muito elevadas em relação a este filme e no entanto, não me entusiasmou. agrada-me o conceito, a história e a forma como a máscara funciona visualmente; gostei muito da cena dos dominós a cairem sucessivamente; mas de resto, senti que o filme não me trouxe nada de novo.
5.12.09
psycho
de Alfred Hitchcock. de génio, diria. a iluminação, cheia de significado, os planos arrojados (como aquele do tecto, a mostrar a escada de um plano superior) e principalmente, a tensão que Hitchcock, em conjunto com a soberba música de Bernard Herrmann, cria dentro de nós: eu, pelo menos, a partir de metade do filme, estava em constante atenção a qualquer contra-plano que fosse revelar algo mais. também gostei imenso do genérico,é possivelmente dos melhores que já vi - tem uma composição simples, mas incrivelmente eficaz. enfim, nada a apontar, na minha perspectiva é um grande filme!
não gosto de ir no metro com pessoas que dão música à cidade, obrigam-me a pôr o volume dos meus phones no máximo. também não gosto quando duas pessoas tem a capacidade de ir a viagem inteira a falar dos seus próprios cortes de cabelo. mas o que não gosto mesmo é o facto do sofá não estar livre para me receber.
tenho dito!
tenho dito!
4.12.09
3.12.09
ma mère
de Christophe Honoré. antes de o ver, já me tinham avisado "é muito hardcore". e de facto, há cenas complicadas de assistir, de tanta psicose contida. o filme conta a história de um jovem que vive obcecado pela sua mãe e é através dela que se inicia no campo sexual; a relação entre eles é mesmo diferente e estranha aos meus olhos: por um lado, foi incrível ter um outro olhar sobre os laços mãe-filho; por outro, foi agoniante lidar com isso mesmo. parece-me que há bastantes cenas com uma fotografia bastante interessante. há alturas em que temos vortex (um movimento de câmara), que perturba e nos faz entrar naquela loucura. não é um grande filme, mas explora algo que para mim era desconhecido. e aquele final.. santo senhor, têm que ver!! :D
2.12.09
Estou louco? Talvez
Agora é a minha vez
Mas não escreveste nada
Sua gorda danada!
Porque a vida é lixada
E o relógio não pára!
Mas o sangue continua
Até nossos corações
E o ar fresco vai e vem
Para nossos pulmões
Já que a vida é emoções
Que alguns não têm..
Vou agora para a rua
O antes e o que ainda vem
Mas não vamos complicar
Esta simples existência
Venha um whiskey
Para sua excelência
Será demência?
Sinto-me flutuar
Mas prefiro meditar
E beber mais um copo!
pseudo-poema a duas mãos. 15|5|2009
Agora é a minha vez
Mas não escreveste nada
Sua gorda danada!
Porque a vida é lixada
E o relógio não pára!
Mas o sangue continua
Até nossos corações
E o ar fresco vai e vem
Para nossos pulmões
Já que a vida é emoções
Que alguns não têm..
Vou agora para a rua
O antes e o que ainda vem
Mas não vamos complicar
Esta simples existência
Venha um whiskey
Para sua excelência
Será demência?
Sinto-me flutuar
Mas prefiro meditar
E beber mais um copo!
pseudo-poema a duas mãos. 15|5|2009
Rita
Você me irrita
Quando não me beija
E se arma em esquisita
Rita
Você não me irrita
Quando me abraça
E logo me beija
Rita
Não se irrite consigo
Se irrite comigo
Se não lhe beijar!
lembras-te? estava a chover e fomos devanear para um qualquer café. desenhaste-me dois olhos nas maçãs do rosto e fizemos um poema. o mundo podia acabar ali mesmo.
esta cidade tem demasiadas recordações. só me apetece fugir daqui..
e recordo-me daquela manhã em que paramos a apreciar aquela paisagem. disseste que nunca tinhas ali estado com ninguém e que te ia custar imenso deixar o Porto. pois agora, é tudo o que eu mais quero.
Você me irrita
Quando não me beija
E se arma em esquisita
Rita
Você não me irrita
Quando me abraça
E logo me beija
Rita
Não se irrite consigo
Se irrite comigo
Se não lhe beijar!
lembras-te? estava a chover e fomos devanear para um qualquer café. desenhaste-me dois olhos nas maçãs do rosto e fizemos um poema. o mundo podia acabar ali mesmo.
esta cidade tem demasiadas recordações. só me apetece fugir daqui..
e recordo-me daquela manhã em que paramos a apreciar aquela paisagem. disseste que nunca tinhas ali estado com ninguém e que te ia custar imenso deixar o Porto. pois agora, é tudo o que eu mais quero.
1.12.09
Closer
The Godfather
de Francis Ford Coppola. mais um clássico que me decidi a ver. é um filme impressionante, vi-o com muita atenção e nem assim consegui encontrar um defeito para lhe apontar. foi interessantíssimo entrar no espírito da máfia italiana daquele tempo - há ali uma mistura de negócios violentos com uma incrível amabilidade, que é de facto, surpreendente. Marlon Brando e Al Pacino muito bons mesmo.. este filme é daqueles obrigatórios :) no entanto, ainda só vi a 1a parte da trilogia.
- Michael Francis Rizzi, do you renounce Satan?
- I do renounce him.
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