- terry richardson- mr.president
 de Bernardo Bertolucci. esperava outra coisa deste filme, achava que o enredo envolvia um romance mais clássico. encontrei a beleza nos pormenores e no simbolismo de certas cenas e diálogos. mas a história não me moveu particularmente, acredito que funcionasse melhor de uma outra forma. mas o universo de Bertolucci é imprevisível e gostei particularmente dos repetidos jogos com espelhos, como espécie de contra-campo de imagem; imagens dúbias e misteriosas, quase a representar fuga.
 de Martin Scorsese. deixou-me em sobressalto quase do início ao fim, muito por culpa da banda sonora, (mais uma vez) uma grande obra de Bernard Hermann. houve muitos aspectos no filme que me remeteram para filmes do Hitchcock, visto que o filme é de 91' e é filmado/montado de uma forma muito diferente da realidade da indústria cinematográfica naquela época. talvez tenha sido por isso que gostei tanto. só achei que o filme tinha algumas (pequenas) lacunas na montagem, por vezes dificultando a compreensão de uma ou outra cena; no entanto, quanto a mim, a montagem é também um dos pontos fortes deste trabalho, na medida em que consegue criar impacto e suspense. compreendo que algumas pessoas achem este filme menor, tendo em conta a carreira de um realizador como o Martin Scorsese. apesar disso, não vou muito por aí, penso que há que tentar analisar de forma mais individual. Robert De Niro deixou-me em êxtase mais uma vez, como já vem sendo um hábito.
 de Larry Clark. fraquinho! gostei do tema e do facto de se perceber que aqueles miúdos são amadores, deu ao filme um teor mais "realista". no entanto, esperava bem mais a nível de intensidade, parece-me um filme algo ingénuo. no entanto já me foi dito que o Clark tem trabalhos melhores e já há algum tempo que tenho curiosidade de ver, nomeadamente o Kids e o Ken Park.
 de Todd Haynes. além de gostar muito de Bob Dylan, este filme foi para mim uma descoberta muito interessante. isto porque me pareceu fugir ao óbvio em inúmeros aspectos, além de envolver um grande trabalho de pesquisa. para mim, todos aqueles eus foram extremamente especiais. não tinha muitas opiniões acerca do filme, o que por um lado foi bom...deixou-me apreciar mesmo à minha maneira. gostei da desconstrução narrativa e dos muitos pormenores a tombar para o surreal: no fundo entrei num mundo à parte, um mundo de uma pessoa singular e intemporal.
 de Martin Scorsese. não há volta a dar, gosto mesmo de filmes de máfia. e se for italiana, ainda melhor. isto porque há ali um cuidado com "códigos de honra" e uma simpatia fora do comum que me fascinam particularmente. dão também elevada importância à família. além disso, estou cada vez mais fã do Scorsese e a investir em filmes dele, pelo que este foi mais uma confirmação do seu trabalho de grande qualidade. este filme deixou-me colada ao ecrã do primeiro ao último minuto e despertou em mim uma grande diversidade de sentimentos. um clássico!