28.2.11
27.2.11
a serbian film
de Srdjan Spasojevic. considerado por muitos o filme-choque do ano. ultra-violência sexual, explorando a cena snuff film. quanto a mim uma crítica a um país aos mais variados níveis. fez-me confusão a interpretação do elenco no geral, é francamente má. foi um filme que me custou a ver, mas vale a pena. hoje à noite repetição da sessão no fantasporto.
white zombie
25.2.11
127 hours
de Danny Boyle. depois de tantas críticas positivas e negativas, lá vi. há algumas coisas que não gostei, como por exemplo o uso exagerado do ecrã dividido em dois/três; há momentos em que funciona e outros em que não. o filme tem também alguns planos mal feitos, pouco realistas... ou então a propósito de um mau corte. vi também más transições cromáticas, que me fizeram confusão. contudo, gostei bastante da interpretação do James Franco e é incrível a forma como ao longo do filme comecei a prever todos os seus passos (talvez em situações extremas pensemos todos de forma bem semelhante). foi aqui mostrado de uma perspectiva muito realista, a meu ver, o passar dos dias e o que acontece com o corpo e a mente numa situação assim. é positivo também o uso de imagem da câmara compacta em contraposição/complementação com a câmara do filme propriamente dita. e as paisagens são lindíssimas.
24.2.11
23.2.11
21.2.11
20.2.11
"Jakub deu meia volta para regressar ao automóvel. Avistou um garoto de pé, por trás da vidraça de uma das casas. O garoto, ao qual ninguém daria mais de cinco anos, olhava através do vidro na direcção do lago. Talvez observasse os gansos, talvez o rapaz que os tocava com a ponta da vara. Estava por trás da vidraça e Jakub não conseguia tirar os olhos dele. Era um rosto infantil, mas o que cativava Jakub eram os óculos da criança. O miúdo usava uns grandes óculos, deixando adivinhando lentes grossas. A cabeça dele era pequena, os óculos grandes. O miúdo usava-os como se carregasse um fardo. Carregava-os como ao seu destino. Olhava através dos aros dos óculos como através de grades. Sim, usava os óculos como um gradeamento que tivesse de arrastar consigo toda a sua vida. E Jakub fitava os olhos do garoto através das grades dos óculos e sentia-se de repente cheio de uma grande tristeza. Foi de repente, como um rio cujas margens acabam de ceder e cujas águas se espalham pelo campo. Havia muito, muito tempo que Jakub não estava triste. Anos e anos. Conhecia apenas o azedume, a amargura, mas a tristeza não. E ei-lo agora assaltado por ela e tolhido pelo seu assalto. Via à sua frente o miúdo vestido de grades e tinha piedade dele e de todo o seu país, e pensava que tinha amado pouco esse país e estava triste por causa desse amor mau e malogrado."
- A Valsa do Adeus, Milan Kundera
- A Valsa do Adeus, Milan Kundera
19.2.11
18.2.11
17.2.11
15.2.11
13.2.11
"Estávamos no centro exacto daquele silêncio macio que absorve até a respiração dos deuses. O homem não tinha nada que ver com isto; tão-pouco a natureza. Neste reino nada se mexe, nem bule, nem respira a não ser o dedo do mistério; este é o silêncio que desce sobre o mundo antes de acontecer um evento miraculoso. O evento propriamente dito não está registado aqui, somente a sua passagem, somente o brilho violeta da sua esteira. Este é um corredor invisível do tempo, um vasto e anelante parêntesis que se dilata como o útero e, depois de expulsar a sua angústia, volta ao que era antes, pára como um relógio sem corda."
- O Colosso de Maroussi, Henry Miller
- O Colosso de Maroussi, Henry Miller
12.2.11
il grido
de Michelangelo Antonioni. fiquei triste por o filme não ser em língua italiana, mas com dobragem. a história por si só é intensa, mas a interpretação dos actores ficou aquém do que esperava. o que é interessante apreciar aqui é mesmo a linha de movimento tão própria que Antonioni cria em todos e cada um dos seus filmes, além dos quadros, da sua beleza fotográfica. os cenários escolhidos são belíssimos também.
11.2.11
- What do you think?
- About what?
- About us kind of belonging together?
- What about this lamp? You think Paul will like this lamp?
- Yea, he'll-he'll love it. What do you think?
- I think two wrong don't make a right.
- Meaning what?
- Meaning us: two wrongs.
- What if we're not? What if we're two rights and everybody else is wrong?
- Either way we're gonna be screwed, Axel.
- But at least we can be screwed together.
- About what?
- About us kind of belonging together?
- What about this lamp? You think Paul will like this lamp?
- Yea, he'll-he'll love it. What do you think?
- I think two wrong don't make a right.
- Meaning what?
- Meaning us: two wrongs.
- What if we're not? What if we're two rights and everybody else is wrong?
- Either way we're gonna be screwed, Axel.
- But at least we can be screwed together.
arizona dream
de Emir Kusturica. o problema são sempre as expectativas. isto porque ia vendo frames de outros filmes dele a passarem-me na cabeça e este não me pareceu tão especial. mas gostei, fez-me perceber algumas coisas e sobretudo alegrou-me, apesar de todo o drama, que na verdade não o é. as cenas com aquelas referências cinematográficas estão boas. o acordeão e o peixe apaixonam :) "i want you to have the world"
10.2.11
biutiful
de Alejandro González Iñárritu. vida, morte, depois da vida: um só. um filme que nos acrescenta constantemente mais uma informação, um detalhe subtil. vive de emoções fortes, mostra o caminho de uma redenção improvável. gostei muito, saí do cinema com a cabeça a rebentar, senti que o tempo passou rápida e intensamente.
9.2.11
8.2.11
7.2.11
masculin-féminin: 15 faits précis
6.2.11
apur sansar
5.2.11
4.2.11
"Podem passar milhões de anos e eu posso voltar diversas vezes num planeta ou noutro, como ser humano, como demónio, como arcanjo (não me importa como, qual, o quê ou quando), mas os meus pés nunca deixarão aquele barco, os meus olhos nunca se cerrarão sobre aquela cena, os meus amigos nunca desaparecerão. Aquele foi um momento que perdura, que sobrevive a guerras mundiais, que dura mais que a vida da própria Terra."
- O Colosso de Maroussi, Henry Miller
- O Colosso de Maroussi, Henry Miller
3.2.11
Восхождение
[Voskhozhdeniye] de Larisa Shepitko. o drama representado através de uma beleza agoniante. a força das imagens, a forma como funcionam de forma intensa e subtil ao mesmo tempo. um filme marcante e difícil de descrever, pela quantidade de sensações que desperta, de tão reais e que se tornam tão mas tão pessoais.
2.2.11
Солярис
[Solyaris] de Andrei Tarkovsky. há muito que o deveria ter visto, foi para mim uma janela aberta. que cenários incríveis! é um outro respirar na forma de fazer filmes, é uma outra sensibilidade. é aqui que um tema de ficção científica pode ter belos e intensos sentimentos associados e que no meio de tantas coisas más o que fica é a poesia, a simplicidade e a esperança.
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