9.1.11

O alheamento que consome
Mói, desespera, não tolera
Incompreensão
Algo de bom ficou perdido algures
Perdido na falta de memória
Ou na memória curta forçada
O relógio toca infinitamente
Alguém o desliga
Teimosamente continuo a fazê-lo tocar
Novelo negro enrola
Chega-me a tesoura, o xis-ato
Chega-me a cola, a fita-cola
Corta, cola
Não lhe mexas, deixa estar
A dor de estômago

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