É difícil estar sozinho, é difícil ter todo o tempo do mundo.
Ainda só passaram 35min, faltando sensivelmente (e na melhor das hipóteses) 2h25. O café abriu às 6h30, o senhor diz que abrem todos os dias a esta hora, excepto no dia de Natal, no qual abrem às 8h. Peço um croissant e uma meia-de-leite, como e bebo de forma estranhamente lenta. As pessoas começam a entrar e a pedir o pequeno-almoço. Surpreendo-me, pela hora que é. Irão todas estas pessoas trabalhar? Faz-me sempre uma certa confusão imaginar as pessoas irem trabalhar, à mesma hora que chego de uma madrugada de farra. Aliás, o meu pai entrou no trabalho há 31min, enquanto eu devaneio por aqui. Ele trabalha, eu gasto dinheiro e tempo (e o papel e a caneta do senhor do café). Só estou triste por não ter trazido a máquina fotográfica, iria registar aqui e ali. Assim sim, sei que o tempo correria veloz e útil. Enquanto escrevo dá-me ganas de ir para casa, pelo cansaço, mas há uma teimosia (que parece ser eterna) aqui dentro. Quero vê-lo. Dizia que é difícil ser/estar sozinho. No entanto, reflicto se não será a melhor forma de compreensão do mundo que me é exterior. A minha única companhia é o Hendrix, com os seus solos vertiginosos. A cidade está a acordar, bem devagarinho. É bom, quase aconchegante. Coisas (quase) novas para mim.
3 comentários:
gostei (:
é possivel um texto embalar alguém?porque o teu Rita,acabou de me deixar assim..*
Isto foi estranha mas agradavelmente aconchegante :)
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