não tenho memória de alguma vez me ter sentido assim. estava pouca gente na praia e ninguém no mar. uma manhã ligeiramente desagradável. tu, mar cinza com tons esverdeados, convidaste-me a fazer amor. assim, entrei lentamente, para depois mergulhar sem hesitar. cada mergulho, uma purificação de alma, um bailado russo. suspensa no teu abraço de gelar ossos, rodei sobre o meu corpo vezes sem conta: a perfeita simbiose, grito de liberdade. flutuei, respirando lenta e profundamente, os braços a deslizar como o Für Elise. da profundidade, chegavam-me aos ouvidos as areias revoltas. revoltas em sinfonia, como os meus pensamentos. areias revoltas de um tempo sem tempos.
la mer . mon coeur . chanson d'amour
2 comentários:
que bonito texto :)
Adorei. Está mesmo bonito *
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