30.4.12
perucas e poesia
"Quero uma mulher assim, de silêncios
venenosos, que me morda o tendão
do ombro e a língua, e abuse
de declarações de guerra e paz,
vá para o inferno e regresse
no meio de um mar de boatos
exibindo gloriosos arranhões,
e me arraste em jogos de malícia,
me esconda o coração e me deixe
doido dias inteiros atrás de pistas
e coordenadas.
Não quero uma mulher explicada,
prefiro o assombro. Antes aturar
mistérios, teimas, transes e jejuns,
mesmo Às vezes a troça e o desprezo,
e que quando se sinta enfastiada
fuja sem aviso ou se feche parindo
a escuridão.
Que me adore e se farte, me empurre
do alto de escadas, e se ria perdidamente
ou chore e me asfixie devagarinho
com os primeiro cabelos que lhe
nasçam brancos. Quero até esse dia
em que se chegará tristemente
para pedir-me a mão e logo depois
que o seu rosto se retire para sempre
de todos os espelhos.
No fim, nem me importa
que nunca venha a cruzar-se comigo,
que isto eventualmente ainda seja eu
a roubar acessórios em lojas
de senhora. Pelo menos não será
um coisa que se explique nem alguém
que tenha a descortesia de dizer por aí
que chegámos a um entendimento"
d.v.p.
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“The most important kind of freedom is to be what you really are. You trade in your reality for a role. You trade in your sense for an act. You give up your ability to feel, and in exchange, put on a mask. There can't be any large-scale revolution until there's a personal revolution, on an individual level. It's got to happen inside first.”
– Jim Morrison
– Jim Morrison
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